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Relato de quem enfrentou a Covid-19

Altair Gomes, 74 anos, trabalha há 23 anos na empresa Civiam como responsável pelo setor de Documentação e Processos e aguardava a terceira dose da vacina quando foi contaminada pela Covid-19, há cerca de um mês. Ela nos conta como foi a experiência, como lidou com os sintomas, quais pensamentos, sentimentos que teve durante o período e como está seu estado de saúde na atual fase de recuperação:

“Nunca achamos que vai acontecer com a gente, né. Mesmo com os cuidados de uso de máscara e álcool em gel, não sabemos exatamente o momento do descuido, mas acredito que o local onde acabei sendo contaminada foi em uma igreja, assistindo a uma missa de 7º dia. Na mesma noite, comecei a ter os primeiros sintomas: dor no corpo e tosse, que confundem com um resfriado. No entanto, quando perdi o olfato e o paladar, que são os sintomas mais evidentes da Covid-19, aí o medo veio com tudo, juntamente com a confirmação do diagnóstico.

Como tenho enfisema pulmonar, o medo foi crescendo para uma depressão, porque como é uma doença que afeta diretamente o pulmão, além de muito se falar que era mais letal na terceira idade, não tem como não nos preocuparmos quando temos os fatores considerados de alto risco. Outro ponto é que além da preocupação do que vai acontecer com a gente, passamos a nos preocupar com as pessoas próximas que tivemos contato.

Como moro sozinha, tenho a companhia de dois papagaios e de uma cadelinha, a Gina, e já tinha definido com quem meus filhos pets ficariam, caso eu morresse.

Sim, passamos a pensar no pior cenário, pois o meu maior medo era ser hospitalizada e intubada. Na minha cabeça, se isso acontecesse, pelas minhas condições de saúde, eu não sobreviveria. 

Mas, eu tive o apoio da família, de amigos e dos diretores da empresa onde trabalho, que não me deixaram sozinha em nenhum momento – apoio esse que foi fundamental para eu me recuperar, principalmente, emocionalmente, e poder amenizar todo o medo e o baque que sentimos com os sintomas característicos. Amigos e familiares me deram suporte trazendo refeições para que eu não deixasse de ter uma boa alimentação e, mesmo não sentindo o paladar e o olfato, eu também me esforcei para não me abater nesse sentido, pois sabia que era importante manter meu organismo bem nutrido para conseguir combater o vírus.

Os médicos que me atenderam sugeriram tratamento com medicamentos que diminuíssem o desconforto em relação às dores no corpo e ao mal estar e foi tudo muito tranquilo. 

E assim, com o apoio das pessoas ao meu redor, eu fui erguendo a cabeça e enfrentando os meus medos, a depressão e vendo que era possível vencer essa doença. Dessa forma, dia após dia, comecei a melhorar.

Hoje, ainda tenho um pouco de tosse, que talvez seja um dos resquícios da doença, uma vez que tenho comorbidade pulmonar. 

Mas, a mensagem que deixo a todos que estão lendo é: tomem as vacinas e, caso tenham recebido recentemente o diagnóstico da Covid-19, não tenham medo de enfrentar esse vírus. Se eu, que tenho uma patologia pulmonar, enfrentei e consegui me recuperar e sair dessa, mantenham a calma e enfrentem numa boa que vocês também conseguirão! Cuidem da saúde, alimentem-se bem, ainda que não sintam o paladar e o cheiro, mas mantenham-se firmes que tudo dará certo!”

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