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Caso Agnaldo Rayol reacende o alerta sobre os acidentes domésticos

A morte do cantor e ator Agnaldo Rayol, nesta segunda-feira (4/11), ocasionada por uma queda em casa, acende mais uma vez o alerta para o risco dos acidentes domésticos com idosos e ressalta ainda a urgência no atendimento a essa faixa etária. Segundo a assessoria de Rayol, a família entrou em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) cinco vezes antes de ser atendida e o socorro demorou cerca de 40 minutos para chegar ao local. Embora o cantor tenha entrado no hospital lúcido e consciente, sua condição se agravou devido ao trauma cranioencefálico sofrido, levando-o a óbito.

“Em idosos, as quedas podem levar a uma piora rápida das condições de saúde, especialmente se não houver um socorro rápido”, salienta Caroline Daitx, especialista em medicina legal e perícia médica. De acordo com ela, quedas entre idosos com traumatismo craniano são uma das principais causas de morte no grupo etário, em grande parte devido à fragilidade física e ao risco de sangramentos internos. Por isso, Caroline destaca a urgência no atendimento imediato às pessoas da terceira idade.

Além dos traumas decorrentes de quedas, a especialista ressalta ainda a existência de outras causas comuns de mal súbito em idosos, como doenças cardiovasculares, incluindo infarto e arritmias, acidente vascular cerebral (AVC) e complicações respiratórias. “No caso de Rayol, embora a queda tenha sido o evento final, é necessário ponderar se houve um mal súbito que o levou a cair, ou se ele caiu independentemente e o trauma resultante levou ao desfecho fatal”, completa.

Para muitos idosos, condições já existentes como problemas cardíacos e neurológicos, elevam o risco de mal súbito, o que contribui para a ocorrência de quedas. Por isso,

a morte de Agnaldo Rayol exige uma análise detalhada das circunstâncias para esclarecer se a queda foi acidental ou precedida por uma perda súbita de consciência. “Esse entendimento não só elucida o caso, mas orienta medidas preventivas para outros idosos. Compreender as causas fundamentais de eventos como esses permite direcionar ações de cuidado e monitoramento que possam reduzir os riscos de quedas e de mal súbito”, salienta a especialista.

De acordo com dados da OMS, aproximadamente 28-35% das pessoas com 65 anos ou mais caem a cada ano. O número aumenta para 32-42% para aqueles com mais de 70 anos. Além disso, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), as quedas são responsáveis por 40% de todas as mortes relacionadas a lesões. Por isso, a SBGG alerta para a importância do tema, já que ele deve estar presente na rotina de cuidados do público idoso.

A prevenção, portanto, é crucial para manter a qualidade de vida e a segurança. Por isso, além das adaptações no ambiente, a SBGG enfatiza a importância de avaliações regulares de saúde para identificar fatores de risco, como alterações na visão, audição e no equilíbrio. A organização também aponta que programas de reabilitação e exercícios supervisionados podem ajudar a fortalecer os músculos e melhorar a coordenação, reduzindo significativamente a possibilidade de quedas.

Confira alguns cuidados essenciais no ambiente doméstico para evitar as quedas:

  • Iluminação: Mantenha a casa bem iluminada, com luz de presença e de emergência. 
  • Pisos: Coloque piso antiderrapante, mantenha sempre o chão limpo e seco, e evite áreas com piso irregular ou úmido. 
  • Escadas: Instale corrimão em ambos os lados, mantendo as escadas bem iluminadas, e com degraus com altura adequada. 
  • Banheiro: Instale barras de segurança, coloque elevação de assento sanitário, e use tapetes antiderrapantes. 
  • Mobília: Retire móveis da área de circulação, opte por móveis com cantos arredondados, e mantenha mesas nos cantos da residência. 
  • Fios elétricos: Prenda ou retire fios elétricos soltos. 
  • Calçados: Use sapatos fechados, de preferência com solado de borracha. 
  • Medicação: Conheça os efeitos dos medicamentos dos quais faz uso, como a sonolência, tonturas, etc. 
  • Hidratação: Mantenha-se hidratado, pois a desidratação pode facilitar quedas. 
  • Atividades físicas: Pratique atividade física, com ênfase no fortalecimento muscular. 
  • Apoio: Utilizar instrumentos de apoio como bengala, muletas e andador com base de borracha ou cadeira de rodas. 

Alguns desses itens de segurança à terceira idade, como alças de apoio para banheiros, para entrar/sair de um automóvel, entre outros, podem ser adquiridos no link:

https://www.lojaciviam.com.br/longevidade

Fontes:

https://institutodelongevidade.org/longevidade-e-saude/autonomia/agnaldo-rayol-morre-apos-queda-em-casa?utm_source=whatsapp_instituto&utm_medium=social&utm_campaign=agnaldo-rayol_05-11-2024&utm_content=link-&utm_term=

https://www.terra.com.br/diversao/perita-analisa-caso-de-agnaldo-rayol-que-morreu-apos-queda-e-necessario-ponderar,be2b2cf944154daeb65226210e337b01cy3hlkvb.html

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