Elza Salluti, 80 anos de histórias
Como pessoa física sou Elza Cesar, e Sallut é pseudônimo .
Nasci na pequena Maristela, Distrito de Laranjal Paulista, no tempo em que não havia televisão nem salas de leitura, mas minha infância foi coroada de histórias contadas por meu nono João Agostinellii.
Sendo eu a mais velha de oito irmãos, diante das dificuldades em que a família vivia, parti para a Capital, e, anos depois, estávamos todos juntos na casa 94 da Avenida Pompéia, servindo refeições aos operários das fábricas, quando então, fomos surpreendidos por uma das maiores enchentes dos anos 60. Mas tudo nesta vida passa. Os irmãos cresceram, fiz vários cursos, tornei-me secretária executiva de empresa americana onde trabalhei por mais de vinte anos.
Contudo, o que estava adormecido foi se aflorando: o dom de inventar histórias. Comecei alegrando minha irmã caçula, vítima da paralisia infantil, e fui publicando os textos no jornal da empresa, depois no “City News” da Capital, e em 1985, na Bienal do Livro, foram lançados meus dois primeiros livros.
Abandonei a profissão de secretária executiva e passei a me dedicar com carinho à Literatura Infantil. Entre várias atividades, criei textos para revistas em quadrinhos e livros didáticos, fui coordenadora do “Programa Leitura-Comunidade” implantado pelo Centro de Literatura Infantil e Cruzada Pró Infância, abrindo bibliotecas em comunidades carentes. Criei o projeto “Ler Para Crer, Contar para Encantar e a Arte de Representar”, dando cursos e palestras, preparando professores e profissionais de salas de leitura. Participei de Projetos Culturais do Sistema de Bibliotecas Públicas e das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo. Entre eles: Gosto de Ler; Formação de Contadores de Histórias; Criação de Textos e Formação de Leitores.
Na minha infância, através do velho rádio instalado no melhor local da sala, ouvi uma frase do Professor Soares em seu Programa: A hora do livro: “Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Anos depois, estando eu em Porto Velho, Rondônia, num encontro com Professores na Biblioteca Pública, inesperadamente, a frase se destacou na minha memória. Passei a ser divulgadora e até compus uma música. Centenas de professores e alunos cantaram comigo. Espero que ela continue viva no coração de cada educador.
Quanto aos meus livros, tive a alegria de ver mais de trinta títulos publicados em várias editoras de São Paulo e Belo Horizonte. E neste ano, O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD – Literário 2018) aprovou a aquisição do livro “A Casinha do Tatu”, publicado pela Editora Moderna, o qual será distribuído às escolas públicas do Brasil!
Hoje, olhando para trás, agradeço a Deus por ter cumprido a minha missão em favor da literatura infantil.
LIVROS PUBLICADOS
EDITORA ÁTICA
A menina das caretas;
A árvore zoológica de Lalico Pimentão;
Quero casa com janela;
Pão quente e cenouras frescas;
Os lençóis do fantasma Ziguezague.
EDITORA SCIPIONE
O planeta dos montinhos;
As trombadas do gavião Honório com a águia Firmina
( Coleção Sabe-sabe para pré-escola e 1a. série) :
Sabe quem puxou a orelha do coelho?
Sabe onde a bola foi parar
Sabe de quem era aquele rabinho?
Sabe o que a girafa espiou ?
EDITORA DO BRASIL
.O sapo Gustavo e a bruxa Abigail;
A gargalhada do jacaré;
Você viu o que a escuridão engoliu?
Participação no didático Texto e Contexto 2o. ano.
EDITORA MODERNA
A casinha do tatu
O coelho teimoso.
EDITORA LÊ (B.Horizonte)
Uma janela para o Girassol ;
A formiguinha do ponto de ônibus.
EDITORA COMPOR –(B.Horizonte)
O Rio dos Gigantes de Cabeça Branca
EDITORA SANTUÁRIO -VALE LIVROS
Enrola Letra e a pinta da onça.
Editora FTD
A tampa da panelinha
Vassoura de bruxa vira avião na floresta.
EDITORA AVE MARIA
A sombrinha do sapo Venâncio;
Cada rei colhe o que semeia.
EDITORA MELHORAMENTOS
O burrinho e o chapelão;
A toca do peixe Papão
O saci perdeu o cachimbo.
EDITORA SALESIANA-DOM BOSCO
O bilhete que o vento levou;
Cavalinho Limpador com rabo de espanador
O sininho do rei PP.
EDITORA CEDIBRA
A formiga de Belinha.