Talento Sênior: pioneirismo e propósito na valorização dos profissionais 45+

Promover a reinserção de talentos 45+ no mercado de trabalho, a partir de um formato diferenciado do que existe hoje no meio corporativo, é o principal objetivo da Talento Sênior, empresa pioneira de Talent As a Service (TaaS) no Brasil para contratação sob demanda de talentos com sólida experiência: “Profissionais experientes são mais que recursos; são mentores e catalisadores que elevam toda a equipe a novos patamares de excelência”, salienta Juliana Ramalho, CEO e uma das fundadoras da Talento Sênior.

A empresária teve como inspiração o mercado americano que já apresentava, em 2008, uma forma singular de trabalho: “Nessa época, eu morava nos Estados Unidos e conheci o modelo de executivo fracionado, que é a pessoa poder trabalhar em mais de uma empresa ou apenas em uma companhia, mas não o tempo inteiro. Ou seja, o profissional é parte de uma empresa, mesmo tendo seu tempo fracionado. Hoje, a mente brasileira ainda é pensar que você tem que trabalhar de segunda a sexta, das 9h às 18h ou das 8h às 17h, e durante esse tempo todo você tem que se dedicar exclusivamente a uma empresa. Então trouxe essa inspiração dos Estados Unidos para o Brasil em 2008, porém, na época, a ideia não avançou por conta da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), mas, com a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467 de 2017), o modelo americano tornou-se muito viável. Vale ressaltar que a Reforma Trabalhista está se adaptando às novas condições de trabalho e às novas possibilidades, o que ajuda quanto `trabalhabilidade`, mas não na empregabilidade, necessariamente”, destaca a executiva. 

Assim, ao criar a Talento Sênior, Juliana ressalta que trouxe também o conceito de Talent as a Service (TaaS), que hoje é considerado inovador no Brasil e vem se consolidando pelas mudanças que estão acontecendo também por conta do aumento da expectativa de vida da população. “Trata-se de um serviço muito além do que apenas o executivo fracionado, porque o talento sob demanda pode ser alguém que trabalha em um projeto específico, que pode durar 3 dias, 6 semanas, um ano, 5 anos. Ou, o profissional pode trabalhar de forma contínua, mas não em tempo integral. É então um CFO (Chief Financial Office), por exemplo, que pode atuar uma vez por semana na empresa, porque não é necessário aquele talento o tempo todo. Em todas as áreas é possível ter demandas que não preencheriam a semana inteira de um profissional. E essa possibilidade de trabalho sob demanda atende muito bem quando a empresa busca um profissional bastante qualificado”, explica. 

Para a geração prateada, o modelo proposto pela Talento Sênior oferece muitas possibilidades, uma vez que o profissional pode exercer o seu talento sem ser obrigado a ficar em tempo integral em uma empresa. “Esse modelo valoriza muito o tempo das pessoas, porque o cálculo do quanto o profissional agregará à empresa não é mais por hora, mas pelo valor da experiência que teve em trinta anos de carreira, por exemplo – que é o valor intelectual do profissional com profunda bagagem profissional. Dessa forma, os maduros passam a ser bem mais valorizados do que no modelo convencional de trabalho”

Juliana ressalta ainda que os grandes desafios aos maduros quanto à reinserção no mercado não estão apenas na questão do etarismo, mas, principalmente, no ponto de vista do próprio profissional, que, mesmo tendo profunda experiência em décadas trabalhando especificamente em uma empresa, está acostumado a cumprir horário, a ser gerenciado por tarefas. “Agora, ele precisará se enxergar como um autônomo que manejará o próprio tempo, que terá maior autonomia e, portanto, precisa ter disciplina para entregar suas demandas  mesmo sem cobrança”, diz a empresária, que complementa: “Além do mais, o profissional também precisará ser o marketing do seu talento, porque agora a discussão do trabalho pesa menos sobre tudo que ele fez na carreira e mais sobre a possibilidade que ele tem de entregar um resultado bacana para uma nova empresa. Então não será mais uma entrevista de emprego que acontecerá, será uma reunião comercial para monetizar aquele talento que ele tem. É bem diferente do que a maioria das pessoas está acostumada quanto à sua atuação profissional e é essa mudança de mindset que também trabalhamos aqui na Talento Sênior, ajudando a geração prateada a lidar com as mudanças que vem acontecendo atualmente quanto ao mercado de trabalho”.

A CEO salienta ainda que muitos profissionais trazem enraizado o perfil de ‘tarefeiros’, por conta de hierarquias muito centralizadas, e pouca experiência em trabalhar em conjunto – uma das grandes exigências da atualidade –  na resolução efetiva de problemas. “E isso vem mudando, pois o que se espera hoje é que o profissional possa olhar para o problema, arregaçar as mangas e, juntamente com os colegas e seu networking, colocar todo o intelecto para fazer acontecer”. 

Ela destaca também que as oportunidades aos maduros estão aquecidas: “Os jovens não têm o conhecimento que é necessário para as vagas existentes, principalmente em tempos de inteligência artificial (IA), onde são otimizados os processos, mas torna ainda mais latente a necessidade do conhecimento e da experiência de vida mesmo. Por isso, acredito que a tendência é que as pessoas mais velhas tenham muitas vantagens competitivas se souberem aproveitar as mudanças e também se adaptarem ao conceito de TaaS”. 

A empresária acredita ainda que haverá mudanças na relação de trabalho entre as gerações: “O jovem ajudará o sênior a ver que aquela hierarquização originada na era industrial não tem mais lugar em uma era digital, onde há horizontalização de função, com cada vez mais, equipes multidisciplinares com mais voz de participação e menos voz de comando. Além disso, a questão do horário fixo deixará de ser fundamental, uma vez que o trabalho será de forma assíncrona: o profissional poderá fazer a sua função dentro de casa, independentemente de estar ao lado do colega. Ou seja, pegar trânsito para ir e voltar à empresa e cumprir horário integral são coisas desnecessárias. O jovem hoje já está questionando esse modelo tradicional e ele está certo. Então, estamos observando essa mudança que o mundo ágil vem exigindo, com desafios com a IA que, apesar de seus benefícios, também tem atrapalhado no sentido de acelerar demais o que os jovens precisam entregar”.

Para os talentos que estão buscando emprego e acreditam que a idade seja uma barreira, Juliana Ramalho sugere que participem de grupos ou comunidades: “Criamos na Talento Sênior um hub para que os maduros comecem a participar de comunidades, pois elas têm um efeito muito bacana na vida deles: um começa a se identificar com as dificuldades do outro e, dessa forma, passam a compartilhar os desafios e também se inspirar naqueles que encontraram uma solução. Oriento, ainda, que todos participem de comunidades diferentes, pois tem aquela que você vai participar só aprendendo, porque desconhece o assunto técnico e há tempos não se atualiza. Tem outro grupo onde você pode colaborar com profissionais que necessitam do seu conhecimento. Essas comunidades têm um efeito emocional muito relevante de auxílio e sentimento de pertencimento a um grupo com o qual o profissional se identifica e se motiva a buscar novos conhecimentos, a fazer novos encontros e atividades. Além disso, as comunidades estimulam o profissional a ir em eventos diferentes da sua bolha original e, como diz a ‘Teoria dos Laços Fracos’, as pessoas com as quais você tem pouca proximidade têm mais chance de te trazer novas oportunidades do que aquelas que compõem o seu grupo de amigos mais próximos, que são os laços fortes – afinal, eles fazem parte das mesmas bolhas e dificilmente trarão novas oportunidades de trabalho”, explica.

Quanto ao etarismo ainda bastante presente na sociedade corporativa, a executiva diz: “Ao colocarmos o sênior nas empresas, que irá trabalhar ao lado de cinco, seis jovens, o viés inconsciente desses jovens quanto ao etarismo vai sendo transformado, porque no dia a dia eles vão aprendendo com o sênior e reconhecendo seu valor pelo conhecimento que vai ensinando aos mais novos. E, dessa forma, as gerações vão notando as vantagens do trabalho intergeracional. Portanto, sem falar de etarismo, vamos trabalhando a questão nas empresas de forma prática com o sênior trabalhando ao lado do jovem, compartilhando a sua expertise”, explica.

Além da contratação por demanda, a Talento Sênior viabiliza o serviço de headhunting às empresas e oferece também mentoria individual ou em grupo. Os maduros que buscam recolocação no mercado de trabalho podem se registrar no link: https://talentosenior.zohorecruit.com/candidateportal 

Cases de sucesso

Valdecir Dias, que completará 60 anos em outubro, é ex-CFO, e hoje trabalha no formato TaaS para resolver dores específicas de finanças nas empresas em que atende, algumas delas conquistadas por intermédio da Talento Sênior. Além disso, graças a sua experiência, também trabalha para “corrigir” e “pegar” erros e falhas da Inteligência Artificial

Vindo de uma carreira tradicional de executivo da área de finanças, o administrador de empresas experimentou as alegrias e os dissabores do cenário político-econômico do Brasil e do mercado cada vez mais global dos anos 1990 e 2000. À frente das finanças em empresas de vários setores da indústria, ele trilhou sua jornada profissional com mais de 30 anos de experiência, ocupando cargos desde estagiário até chegar ao cargo de CFO e Sócio-diretor. 

Dias conheceu a Talento Sênior pelas redes sociais e se cadastrou na plataforma. Em pouco tempo, por intermédio da empresa, iniciou um trabalho para uma startup e na sequência vieram mais clientes. Hoje, ele atende três projetos em andamento e algumas propostas para novos clientes.

Segundo ele, a área de finanças exige vivência de mercado e conhecimentos que somente são possíveis com uma trajetória sólida e com quebra de paradigmas que não funcionam mais no mercado atual. O novo formato de trabalho como o TaaS traz a oportunidade de profissionais experientes prolongarem a carreira em que atuaram por uma vida toda. O formato traz como benefício a flexibilidade e mais qualidade de vida e mais autonomia sobre sua própria agenda. “O mais importante é estar aberto para aprender. Seja em cursos e treinamentos, nos novos projetos nas empresas, com os jovens, aprender é o melhor estímulo para manter a mente ativa e saudável”, reforça Valdecir Dias, que tem recebido propostas, principalmente de empresas estrangeiras, para atuar como revisor dos trabalhos feitos por Inteligência Artificial. “As tecnologias ágeis têm ganhado espaço, mas a experiência e o conhecimento de um profissional sênior ainda são fundamentais para validar as experiências com as ferramentas”.

Odair Oliveira Lima é executivo sênior com uma trajetória consolidada em grandes corporações e no setor de consultoria empresarial. Aos 67 anos, ele traz uma vasta experiência no setor financeiro e de governança corporativa, com um histórico de atuação em posições de CFO em empresas nacionais e multinacionais de tecnologia.

Formado em Economia e Gestão Ambiental, com MBA em Gestão de Projetos, desenvolveu uma ampla visão sobre governança corporativa trabalhando diretamente com CEOs e executivos de alto escalão. Essa experiência permitiu que ele aprimorasse suas habilidades em gestão estratégica, liderança, negociação e, principalmente, na interação com culturas internacionais, em especial a indiana e a francesa, o que expandiu seu conhecimento sobre pragmatismo empresarial e adaptação a diferentes estilos de gestão.

Conheceu a Talento Sênior por indicação de um amigo, em um evento sobre o tema longevidade e reconheceu no formato TaaS uma boa opção no pós-carreira. Hoje, por intermédio da Talento Sênior, ele atende duas empresas, às quais dedica 40 horas de trabalho semanais. Com isso, ele consegue tempo para realizar trabalhos voluntários com treinamentos e mentorias sobre gerenciamento de projetos em ONGs, contabilizando impactos sociais positivos no apoio de projetos sociais, como por exemplo de inclusão no mercado de trabalho de mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Odair Oliveira Lima é um exemplo de longevidade ativa no mundo corporativo, demonstrando que, com aprendizado contínuo é possível continuar contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento empresarial e a formação de novos líderes em um formato de trabalho mais flexível, onde pode compartilhar suas experiências como consultor, mentor, conselheiro e mesmo amigo projetando carreiras e empresas para uma nova etapa em seu ciclo de vida.

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