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Tempo frio e seco trazem riscos à saúde, principalmente dos idosos. Saiba como se prevenir

Com o frio e o clima seco algumas doenças se tornam mais comuns e afetam principalmente os idosos, já que a alteração do sistema imunológico é uma característica natural do envelhecimento e deixa o corpo menos resistente.

Resfriado, gripe, rinite, sinusite e tosse são algumas das doenças mais comuns durante o inverno. Além disso, nos idosos, uma gripe pode evoluir para uma pneumonia séria, por exemplo, porque os pulmões nessa fase da vida estão com menos expansividade, o que acarreta uma maior probabilidade de doenças respiratórias já que o tempo seco aumenta os processos alérgicos e a proliferação de bactérias que podem atingir os órgãos.

Por isso, as pessoas da melhor idade devem ter uma atenção maior para prevenir infecções, que são comuns nesta época do ano, e precisam estar sempre com a vacinação em dia.

Hipotermia, um dos problemas no inverno

Nos mais jovens a temperatura corporal fica em torno dos 36,5ºC, enquanto nos idosos 35,5ºC passa a ser considerada normal. Porém, no inverno, um dos principais riscos para os idosos é a hipotermia, que acontece quando a temperatura basal fica abaixo dos 35ºC e o corpo não consegue gerar calor.

Os sintomas clássicos da hipotermia incluem calafrios, pele fria e pálida, pulsação lenta, dificuldade na respiração e lentidão nos movimentos.

Por isso, quando se identifica a hipotermia, o ideal é se agasalhar e se aquecer, e ir imediatamente ao hospital, pois é justamente por conta da queda da temperatura que aumenta a incidência de infartos, arritmia e AVC. Ou ainda, em muitos casos, a hipotermia pode já representar um primeiro sinal de uma infecção, que também deve ser tratada e identificada sua causa.

Além disso, é preciso considerar que o idoso também costuma sentir mais frio porque possui menos gordura corporal e têm a pele mais fina. Com as temperaturas mais baixas, a musculatura tende a contrair mais, ocasionando dores no corpo. E quem sofre de problemas nas articulações e na circulação do sangue, males típicos em idosos, sente os efeitos do frio com mais intensidade.

A importância da hidratação

O conteúdo de água no corpo também vai diminuindo conforme o avanço da idade: uma criança tem cerca de 80% de água, enquanto nos idosos esta proporção cai para 50%.

Mesmo com menos reserva hídrica, os idosos não sentem tanta vontade de ingerir líquidos, pois seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam tão bem e a percepção da sede se altera.

Com a chegada do frio a ingestão de líquidos pelos idosos costuma ser ainda menor. Muitos deixam de beber água porque não sentem necessidade de se refrescar, como ocorre no verão.

É preciso ficar atento aos principais sintomas da falta de água: pele e boca secas, pouca urina ou urina escura e irritabilidade. Quando a desidratação chega a estados graves, o coração acelera, ocorre aumento da temperatura corporal e queda da pressão arterial, podendo haver até mesmo uma queda de consciência.

Alguns cuidados que podem ser tomados para evitar estes transtornos:

  • Isolamento térmico: não ficar muito exposto ao frio, agalhar-se bem para aumentar a temperatura corporal.
  • Hidratação: ficar atento ao consumo de água. Uma boa dica é tomar ao menos 3 xícaras de chá por dia. Além de hidratar, o chá quente ajuda a aquecer o corpo.
  • Vacinação: é importante tomar a vacina da influenza anualmente e a antipneumocócica a cada cinco anos.
  • Exercícios: mesmo dentro de casa, é importante fazer alguns exercícios para fazer o sangue circular e manter a temperatura corporal.
  • Alimentação: a boa alimentação também deve estar presente no inverno. Com o frio, muitos passam a comer mais carboidratos como pães e massas, o que pode desequilibrar a ingestão de nutrientes e levar à baixa imunidade. Opte por uma alimentação equilibrada, com verduras, legumes, frutas e proteínas mais saudáveis como peixes. Lembre-se ainda de ingerir muito líquido para se hidratar. Caldos e sopas podem ser uma opção nutritiva que também ajuda a aquecer o corpo.
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