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Projeto utiliza o futebol como gatilho para resgatar memórias de pessoas com Alzheimer

Partindo da premissa que o futebol é paixão nacional e tem o poder de mexer com as emoções de quem ama o esporte, o Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), em parceria com o Museu do Futebol, criou o projeto Revivendo Memórias, que tem a finalidade de convocar novamente todos os grandes craques e suas conquistas no futebol para ajudar idosos a relembrar momentos importantes em suas vidas.

O foco do projeto são pessoas com Alzheimer e o objetivo é, por meio de ações usando o futebol como gatilho, estimular os pacientes a lembrarem momentos vividos na infância e juventude. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, mais de 33% dos idosos no Brasil têm algum tipo de demência e, desse total, entre 40% e 60% têm Alzheimer. Segundo Leonel Takada, neurologista do Hospital das Clínicas (SP) e um dos responsáveis pelo projeto,  a ideia é “utilizar memórias associadas a paixões que essas pessoas tiveram durante a vida como forma de estimular aqueles que têm algum comprometimento cognitivo e também uma forma de evitar o isolamento dessas pessoas”.

De acordo com o especialista, o futebol foi escolhido como gatilho para despertar as lembranças dos idosos por ser uma paixão nacional que pode despertar o interesse das pessoas que “têm memórias ligadas a jogadores, campeonatos e até das copas”. 

Os estímulos são feitos através de imagens e narrações antigas de jogos de futebol. De acordo com o cofundador e coordenador do projeto, Carlos Chechetti, além de lembrar dos jogadores ou do time do coração, os idosos acabam lembrando de outros momentos importantes de suas vidas, com quem foram aos jogos, quando foram e até lembrar dos gols.

Revivendo Memórias #EmCasa

Por conta da pandemia, os organizadores decidiram criar o Revivendo Memórias #EmCasa, em que as reuniões acontecem por videoconferência, o que contribui ainda com a inclusão social, cultural e, agora, digital do idoso, já que, neste caso, os participantes também aprendem a mexer no computador e em aplicativos de videochamadas.

O projeto é feito por voluntários, não tem custos e também não recebe recursos. Exatamente por isso que a organização está em busca de parceiros para patrociná-lo e, assim, expandir para todo o país presencialmente quando a pandemia acabar.

Os interessados em participar do programa de forma on-line precisam agendar pelo e-mail agendamento@museudofutebol.org.br. ou pelo telefone (11) 99113-0226.

Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/11/29/projeto-da-usp-usa-futebol-para-recuperar-memorias-perdidas-pelo-alzheimer.htm

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