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Mês do Idoso: a importância de celebrar a terceira idade

Outubro é considerado o mês das pessoas idosas, por conta do Dia Internacional do Idoso, celebrado no dia 1º do mês. Uma das principais reflexões que o mês propõe é ressaltamos a importância de celebrar o processo do envelhecimento, apesar de muitas pessoas não o verem com bons olhos. 

Ainda mais porque, frequentemente surge uma ideia preconcebida de como é uma pessoa idosa ‘ideal’ – uma representação estereotipada, que pode simplificar a diversidade da experiência do envelhecimento, pois, na realidade, as pessoas idosas são tão diversas quanto os jovens, com uma ampla gama de interesses, estilos de vida e aspirações.

Cada jornada de vida, cada vivência e cada experiência são únicas. É exatamente por essa razão que se pode afirmar que envelhecer não é igual para todos.

E, de acordo com a Constituição Brasileira, uma pessoa idosa é aquela que atinge a idade de 60 anos, o que significa dizer que é apenas uma classificação etária. Então, por que o rótulo “idoso” muitas vezes carrega uma conotação negativa para tantas pessoas? 

Fran Winandy, consultora e palestrante especializada em diversidade etária e etarismo,  e autora do livro “Etarismo, um novo nome para um velho preconceito”, diz que “temos um estereótipo formado na cabeça de como é a imagem física de uma pessoa velha. Em geral, é essa pessoa de cabelos branquinhos, com o rosto enrugado, muitas vezes com a coluna curvada, usando roupas meio ‘sem graça’, de cores mais pálidas e que cobrem partes do corpo que não querem mostrar. Esquecemos que um idoso, nos dias de hoje, pode ter várias idades e vários jeitos!”.

Ela exemplifica: mulheres de 60 anos, por exemplo, podem ser bem diversas – as que circulam em vários ambientes, trabalham, estudam e sentem-se incluídas socialmente;

As que não trabalham nem estudam, mas cuidam da casa, de um ou outro filho ou de um neto, além da sogra doente. Mesmo sendo diferentes, podemos considerar que esses grupos possuem mulheres ativas, que se sentem parte da sociedade e que não se consideram velhas. Por outro lado, existem aquelas com pouca interação social e que também não demonstram interesse em adquirir novos conhecimentos, não cuidam da saúde ou da aparência e, principalmente, acreditam que têm pouca contribuição a oferecer à sociedade. A sensação de envelhecimento as aproxima ainda mais da velhice. “Quando nos sentimos velhos, envelhecemos de fato”, ressalta.

A especialista destaca ainda que é necessário mudar a narrativa sobre o que é ser uma pessoa idosa que, segundo sua visão: “Citei as mulheres de 60 anos, perfil no qual me encaixo, mas um idoso no Brasil pode ser alguém de 70, 80, 90, 100 anos ou mais! O tempo que passamos como idosos é maior do que qualquer outra fase da nossa vida e tende a aumentar, já que estamos vivendo mais! Por isso, temos que mudar essas narrativas sobre o que é ser um é ser um(a) idoso(a). Começando pelas terminologias. Aqui, do meu lugar de fala, de mulher com 60 anos de idade, não gosto de ser chamada de velha ou de idosa. São termos que trazem uma carga mais pesada, que não combinam com a forma como me sinto. Nomenclaturas que apontam para algo desatualizado, antigo, invisível e não para algo descolado, interessante e com repertório, que é o que a palavra deveria trazer.”  

Ela ressalta que o tema longevidade e o combate ao etarismo são assuntos que deveriam interessar a toda sociedade e, por isso, serem abordados por várias áreas sociais, como, por exemplo, os veículos de comunicação. Segundo a especialista, como formadores de opinião, muitas vezes esses são os meios responsáveis por nos induzir a uma imagem estereotipada de pessoas com mais de 60 anos. Ela ressalta ainda a necessidade da implementação de ações dentro de empresas dando oportunidades para profissionais de todas as faixas etárias, seja com a execução de projetos na esfera pública. Para ela:

“A multiplicidade de ações seria a forma mais eficaz de se combater os vieses inconscientes que todos temos com relação às questões da longevidade”.

Para Fran, manter-se ativo é uma maneira eficaz de envelhecer com saúde, pois ao mantermos nosso corpo e mente envolvidos em atividades que nos interessam, podemos desfrutar de uma vida mais gratificante, independentemente da idade. “A multiplicidade de ações seria a forma mais eficaz de se combater os vieses inconscientes que todos temos com relação às questões da longevidade”. E enfatiza: “Entender que envelhecer não é igual para todos é fundamental para viver mais e melhor. Neste mês da Pessoa Idosa, celebre a sua idade e todas as coisas boas que foram construídas até agora. Ainda há muito pela frente”.

Fonte: https://institutodelongevidade.org

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