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Que tal vender tudo o que não usa mais e fazer uma renda extra?

Você é o tipo de pessoa que guarda tudo na sua casa, como aquele conjunto de louças que ganhou em seu casamento, mas que até hoje o mantém intacto na própria embalagem? Ou então, que mantém o guarda-roupa abarrotado de roupas que nem usa mais, porque o seu estilo mudou? Que tal então checar tudo o que está há tempos parado e que está apenas ocupando espaço nos armários para desapegar e, ainda, fazer uma renda extra?

Cada vez mais em alta, a moda consciente e a cultura da reutilização estão ganhando espaço entre os brasileiros. Marina Zaiantchick, da TAG2U, empresa paulistana especializada em decoração sustentável através da compra e venda de produtos usados, explica que a compra de itens de segunda mão é uma forma de repensar o consumo. “É um passo que parece pequeno, mas que pouco a pouco impacta em um futuro muito mais sustentável”.

Além de ajudar a causar menor impacto no meio ambiente por fazer as peças serem mais usadas antes de serem descartadas, são uma ótima forma de proporcionar ganhos extras com algo que não estamos utilizando mais. De acordo com a pesquisa “Brasil Digital: itens parados em casa”, realizada pela OLX, uma plataforma de compra e venda online, cerca de 63% dos brasileiros possuem ao menos um produto parado em casa que poderia ser vendido: aquela esteira que ninguém usa mais e serve como cabide, aquela colcha guardada no fundo do armário e que nunca foi usada ou ainda aquele jogo de taças de cristal herdado da avó e que nunca foi usado. Ou seja: se pararmos para analisar, há inúmeros itens que estão em nossos armários e que nem lembramos mais, não é verdade? 

E, mais do que a questão da conscientização sobre o meio ambiente, desapegar-se das coisas que estão paradas há muito tempo em nossa casa é uma questão de consciência financeira. O educador financeiro Thiago Martello diz ainda que pesquisas mostram que até 80% de tudo o que compramos é por impulso e, por isso, temos um monte de coisas em casa sem serventia, ou que não serviram, enjoamos, que não fazem mais sentido termos em nossas vidas. “Essas coisas podem ser um verdadeiro tesouro. Faça um mutirão. Você pode convidar a  família para fazer parte disso. A proposta é assim: tudo que vocês não usaram por pelo menos 6 meses precisa ir embora. A varredura pode ser feita cômodo por cômodo. Tirem tudo do quarto. Abram guarda-roupa, gaveta, baú e vão pondo tudo num canto. Depois que juntaram tudo, o trabalho é limpar, ver se ainda tem caixa, nota fiscal e bater foto de tudo”, sugere Martello. E, então, segundo o especialista, o ideal é fazer pesquisas na internet de cada item para ter ideia do valor a ser cobrado. 

Além disso, Thiago explica que o desapego também é uma forma não apenas de organizar a bagunça em casa, mas, principalmente, entender os excessos e até ajudar na própria organização financeira, pois ao vermos o que compramos e não usamos, devemos repensar as próximas compras para que sejam assertivas. Ele ressalta ainda que um ambiente mais adequado e organizado se torna reflexo para outras áreas da vida. 

A japonesa Marie Kondo virou celebridade internacional, uma espécie de guru, com o seu livro “A mágica da arrumação”, lançado em 2015, que se tornou best seller e fenômeno mundial por apresentar uma abordagem inovadora e sensível ao considerar não apenas o tempo em desuso dos objetos, mas, principalmente, o nosso sentimento em relação a eles, que é a base do seu método: para decidir o que manter e o que jogar fora, você deve segurar os itens – um a um – e perguntar a si mesmo: “Isso me traz alegria?” Você só deve continuar com algo se a resposta for “sim”. De acordo com a especialista, nos tornamos mais felizes quando vivemos rodeados apenas do que amamos, o que nos motiva também a criar o estilo de vida com que sempre sonhamos. O sucesso de seu método baseado na gratidão foi tamanho que Marie Kondo lançou ainda o livro “Spark Joy” e uma série na Netflix “Ordem na Casa“.

Que tal então começar agora mesmo a desapegar das coisas que estão ocupando espaço por não terem mais utilidade e ainda fazer uma renda extra? Separamos algumas dicas de como você pode começar esse processo e onde vender seus itens:

  • É hora de dar uma olhadinha nos móveis espalhados pela casa, no guarda-roupa, armários, cristaleiras, estantes e gavetas, analisando tudo o que não faz mais sentido estar em sua vida. Lembrando que, pelo método da Marie Kondo, o ideal é ir se perguntando a cada item, ao segurá-lo na mão: “isso me traz alegria?”. Ela explica que esse sentimento ‘de alegria’ é uma sensação positiva e de aconchego, quase o mesmo de segurar “um cachorrinho” ou quando você veste a sua roupa favorita. E, caso você não sinta essa alegria e decida pelo descarte do item, não esqueça de fazer um agradecimento.
  • Marie também recomenda que, durante o processo, você se pergunte sobre o futuro que imagina para si e se aquele objeto em questão faz parte desse cenário.
  • Depois de decidir o que irá desfazer, faça uma lista com tudo e a quantidade de cada item.
  • Onde vender? Existem as plataformas on-line de compra e venda de itens usados, como OLX, Mercado Livre, Enjoei, que cobram uma porcentagem sobre cada venda. Mas todas elas requerem tempo para divulgação, pois se você não tiver ninguém para te ajudar (filhos, sobrinhos ou netos), você mesmo terá que fotografar item a item, subir cada foto no site e ainda caprichar na descrição do produto, além de colocar os preços. E, quando efetuada a venda, você mesmo precisará levar a embalagem nos Correios. Além do mais, terá que ter tempo para responder as dúvidas que surgirem ou propostas de negociação. 
  • Mas, se você não tem esse tempo e nem paciência para vender pelos sites, há a opção de vender em brechós, que avaliam as suas peças presencialmente. Muitos já fazem uma pré-curadoria por WhatsApp – você envia as fotos pelo app e eles sinalizam o que têm interesse em comprar de você e marcam um horário para avaliar as suas coisas. Como a cultura de brechós está cada vez mais em evidência no Brasil, há muitas opções e o ideal é que faça uma pesquisa pela internet e entre em contato para saber as regras de venda do estabelecimento. 
  • Caso escolha vender pela internet, é hora então de fotografar item a item. Preste atenção na luz e na qualidade das fotos: aproveite a luz natural ou tire fotos em ambientes bem iluminados, com bom enquadramento e foco. A câmera do celular é suficiente, desde que você tenha uma boa quantidade de imagens, não só do item inteiro, mas de detalhes também. Se houver alguma avaria, fotografe também, pois o comprador deve saber com clareza. Mas, tenha bom senso quanto às avarias: manchas ou furos, dependendo do local podem desqualificar o item. O ideal é se perguntar se você compraria o produto  nessas condições para checar se está apto para a venda. Tome cuidado com fotos que saem borradas, escuras e que não valorizam o seu produto. Lembre-se: imagem é tudo na internet!
  • Redes sociais: há muitas pessoas que vendem também pelo Facebook, Instagram e WhatsApp. Verifique qual rede social você tem mais afinidade e facilidade.

Fontes: 

https://www.terra.com.br/economia/financas-pessoais/venda-de-desapegos-a-renda-extra-escondida-no-fundo-do-armario,b380f66de82c6c11917681eeb6d58766fy39k62t.html

https://institutodelongevidademag.org/longevidade-financeira/dinheiro/renda-extra-vendendo?utm_source=whatsapp_instituto&utm_medium=social&utm_campaign=dinheiro_08-08-2022&utm_content=link-&utm_term=

https://casavogue.globo.com/Design/Objetos/noticia/2019/01/12-dicas-de-organizacao-de-marie-kondo-que-voce-precisa-saber.html

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