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A importância da medicina preventiva na promoção da longevidade

Normalmente, as pessoas vão ao médico apenas quando já estão com algum sintoma de que algo na saúde não vai bem. No entanto, especialistas afirmam que se elas procurassem profissionais da saúde para exames de rotina, muitas doenças poderiam ser prevenidas ou diagnosticadas de forma precoce.

Daí a importância da medicina preventiva no processo de envelhecimento com longevidade, ainda mais porque a expectativa de vida do brasileiro tem aumentado. De acordo com último levantamento feito pelo IBGE, em 2018, o tempo de vida dos homens passou de 72,5 anos em 2017 para 72,8 anos em 2018, enquanto o das mulheres foi de 79,6 para 79,9 anos.


A medicina preventiva surgiu nos Estados Unidos na década de 80 e tem como objetivo estimular os pacientes a terem o hábito de passar por consulta médica de forma regular para prevenir doenças, retardar o desenvolvimento das que já existem e minimizar futuras complicações. De acordo com o médico Roberto Debski, “a saúde e a qualidade de vida das pessoas se transformam em prioridade, ao invés de tratar doenças somente após estas se manifestarem”.

Porém, uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) mostra que 72% das pessoas com doenças crônicas só descobriram a presença de uma patologia após o aparecimento de sintomas físicos. Segundo o presidente da SBPC/ML, Wilson Shcolnik, em nota no site do órgão, quando há sintomas, significa que a patologia já está instalada. “Logo, a população não está realizando exames clínicos e laboratoriais básicos como forma de prevenção, mas sim de diagnóstico”, explica. 

Os níveis da medicina preventiva

A medicina preventiva deve atuar em quatro etapas junto aos pacientes para promover uma qualidade de vida. São elas:
Prevenção primária: tem como objetivo descobrir sintomas de alguma patologia em seu estágio inicial.

Prevenção secundária: o objetivo dessa etapa é impedir a evolução da doença. Para isso, usa métodos para diagnóstico e tratamento das doenças em estágio inicial.
Prevenção terciária: tem como foco aqui diminuir o impacto negativo das doenças nos pacientes para reduzir complicações futuras e o agravamento do quadro clínico do paciente.
Prevenção quaternária: aplica métodos para controlar a evolução das doenças e evitar intervenções não necessárias em pacientes mais graves.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), o Brasil gasta em média R$ 3,83 por dia para cobrir as despesas com saúde dos mais de 210 milhões de brasileiros. Ainda segundo o órgão, foram gastos R$ 1.398,53 por pessoa no país em 2019, período pré-pandemia de covid-19. Por isso, a medicina preventiva também é uma forma de evitar as internações hospitalares e, consequentemente, impactar em mais gastos ao sistema de saúde.

O médico Roberto Debski explica que uma maneira de aplicar a medicina preventiva no Brasil seria por meio de um programa pelas operadoras de saúde, que devem gerenciar adequadamente sua carteira de beneficiários com auxílio da tecnologia, como softwares que fornecem informações sobre a saúde dos pacientes e monitoramento dos seus resultados. Dessa forma, seriam direcionadas determinadas ações aos pacientes elegíveis, que já têm doenças para que elas fiquem controladas ou que podem vir a adoecer, a fim de monitorar constantemente a evolução da saúde.
Ainda de acordo com o médico, com a capacitação da equipe e ferramentas de apoio é possível fazer esse monitoramento de maneira eficaz, racionalizando a utilização de recursos, reduzindo os custos assistenciais e trazendo resultados efetivos na saúde e qualidade de vida das pessoas.
A tecnologia, por meio dos softwares, seria fundamental para controlar os inscritos nos programas da medicina preventiva, na frequência de participação dos pacientes elegíveis e na emissão de alertas para a busca ativa de pacientes faltosos.
Com ajuda desses sistemas é possível também monitorar e avaliar relatórios e indicadores que auxiliarão a operadora na tomada de decisões e definição de estratégias. Dessa forma, de acordo com o médico, a medicina preventiva conseguiria melhorar a qualidade de vida dos beneficiários ao identificar fatores de risco, controlar a evolução de doenças crônicas e reduzir a necessidade de internações hospitalares.

Mas, independente de contar com os programas das operadoras de saúde, o ideal é sempre conferir como anda a saúde em exames preventivos de rotina – o famoso check-up anual. Além de checar a saúde do organismo, como coração, ossos, rins, fígado e níveis de glicemia e colesterol, não esqueça da saúde dos olhos e da boca!

Fonte: https://lifestyle.r7.com/equilibrio-para-uma-vida-mais-saudavel/medicina-preventiva-e-o-seu-papel-na-promocao-da-longevidade-30092021

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